terça-feira, 29 de junho de 2010

Jornal do Rotary BTS

A TARDE - ONU premia ação que beneficia 30 mil pessoas no baixo sul baiano (incluindo Cairu, articulado com o RBTS)

Barcelona (Espanha) - O agricultor Agenor Félix de Souza, 65 anos, viu seus sonhos realizados este ano. Já não depende mais da renda do Bolsa Família para alimentar mulher e filho e até conseguiu comprar uma caminhonete. O segredo? O palmito que cultiva na Mata do Sossego, em Ituberá, a cerca de 200 quilômetros de Salvador.

O produto, que já está nas gôndolas do Grupo Pão de Açúcar, em São Paulo, e da rede Bompreço, na capital baiana, praticamente triplicou a renda dele e de pelo menos 470 famílias ligadas à Cooperativa dos Produtores de Palmito do Baixo Sul (Coopalm). Com uma renda familiar de cerca de R$ 1,6 mil, o agricultor ganhou mais que dividendos: o palmito trouxe de volta para casa os três filhos de Agenor que haviam migrado para o Sudeste do País em busca de uma vida melhor.

http://www.atarde.com.br/economia/noticia.jsf?id=4424943

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Reino Unido pode perder R$ 1 trilhão por ano com o sumiço de abelhas

Em todo o planeta vem sido registrada uma queda na população de abelhas e outros polinizadores por motivos que variam entre perda de habitats, mudanças climáticas e uso em excesso de pesticidas na agricultura. Apenas no Reino Unido (RU), desde 1970, foi verificada uma queda de 75% no número de espécies de borboletas, por exemplo.

Pesquisadores britânicos chegaram agora à conclusão de que se todos os polinizadores desaparecessem por completo, isso causaria um prejuízo de £440m (aproximadamente R$ 1,14 trilhão), o que significa 13% do que é arrecadado em divisas pela agricultura no RU.

Para evitar esse cenário foi criada a Iniciativa de Insetos Polinizadores, que já recebeu mais de £10 milhões para realizar estudos sobre o fenômeno. A entidade reúne especialistas das melhores universidades britânicas assim como de órgãos federais.

“A Iniciativa nos permite combinar especialidades, como genética e epidemiologia, e assim traçarmos cenários mais realistas e programas de preservação mais eficientes”, afirmou Andrew Watkinson, diretor do Programa Vivendo com Mudanças Ambientais.

Um dos principais objetivos dos cientistas é detalhar precisamente que fatores são os responsáveis pelo declínio dos insetos e como fazer que esse processo se interrompa.

“Existe uma variedade enorme de fatores a serem levados em conta: agricultura, doenças, mudanças ambientais, pesticidas etc. Precisamos abranger e aprofundar nossas pesquisas para lidar com cada um deles. Nem mesmo sabemos ao certo o quão grave a situação já está e isso é uma das primeiras coisas que devemos descobrir”, explicou Watkinson.

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Primeiras estimativas sobre pagamento pelos serviços ambientais da água

Um mercado inovador relacionado a qualidade da água está emergindo rapidamente ao redor do mundo com países como Brasil, China e Estados Unidos investindo bilhões em esquemas que recompensar as pessoas por proteger os recursos hídricos, demonstra um novo relatório.

Sendo o primeiro a quantificar o pagamento pelos serviços ambientais (PSAs) das fontes de água, o relatório apresenta o crescimento no número de regiões que estão respondendo a indicadores assustadores, como a quantidade de “zonas mortas” nos cursos d’água globalmente.

Os especialistas do Ecosystem Marketplace identificaram cerca de 288 programas resultando em estimados US$ 9,3 bilhões em pagamentos pela proteção das águas em 2008, incluindo programas onde os proprietários da terra são pagos para manter a qualidade das águas e outros onde as indústrias e outros poluidores cumprem padrões de qualidade ao comprar ou vender créditos de redução da poluição.

Ao longo das últimas décadas, o investimento total foi de US$ 50 bilhões e afetou 3,24 bilhões de hectares em vertentes, que são os locais que direcionam a água para os rios e outros.

Marta Echavarria, co-autora do relatório, disse que as análises mostraram que muitos programas hídricos ao redor do mundo são focados no manejo mais efetivo das florestas. Assim, ela comentou que faz sentido conectar as questões de qualidade da água com a discussão das mudanças climáticas, se referindo ao uso dos pagamentos e esquemas de comércio para reduzir o desmatamento e a degradação (REDD).

O relatório encontra evidências que os esquemas de comércio de créditos da água, assim como os de carbono, podem expandir rapidamente, especialmente nos Estados Unidos onde o Departamento de Agricultura criou um Gabinete de Mercados Ambientais e diversos esquemas já estão implantados, como no caso da Baía Chesapeake.

Fundos governamentais ainda são a maioria no pagamento pela qualidade da água, mas há indícios de interesse de grandes players do setor privado, como da Coca-cola que já tem programas estabelecidos. Na França, desde 1990 a Nestlé tem pago agricultores para manejar os dejetos animais e restaurar áreas sensíveis para proteger fontes de água mineral utilizadas na linha Vittel.

Na China os pagamentos para proteção de vertentes aumentaram de US$ 1 bilhão em 2000 para US$ 7,8 bilhões em 2008, protegendo e restaurando 270 milhões de hectares.

Mas os autores argumentam que a China e os Estados Unidos podem aprender muito com as inovações introduzidas na América Latina, onde os governos estão experimentando novas maneiras de pagamento e novos métodos para mensurar e monitorar seus impactos.

Dez países latino-americanos têm iniciativas sendo desenvolvidas, como Costa Rica, México e Brasil, onde o Espírito Santo implantou um programa para incentivar os produtores de laticínios em três bacias hidrográficas a fechar os pastos visando melhorar a qualidade e o fluxo da água.

Os agricultores recebem por cada litro de leite perdido devido ao encerramento das atividades, com grande parte do dinheiro vindo de tarifas de água e royalties do petróleo, gás e exploração hidroelétrica.



Rotary Baía de Todos os Santos - RBTS
"Estamos aqui servindo e aprendendo uns com os outros"

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